Na manhã desta sexta-feira (05) o Papa Francisco recebeu os jovens que participam do “Acampamento Alpha” e seus acompanhadores. O acampamento Alpha é organizado pela diocese de Isernia, Itália, e reúne jovens de várias nacionalidades por uma semana com vários momentos de reflexão compartilhada que proporcionam uma oportunidade de crescimento e esperança. No início da sua saudação o Papa destacou a palavra “acompanhar” referindo-se aos acompanhadores e disse que “é uma palavra-chave para a Igreja”.
Em seguida Francisco disse: “Vocês nasceram em um contexto que é definido como ‘secularizado’, ou seja, onde a cultura não é dominada pela dimensão do sagrado, mas pelas realidades do mundo. Entretanto, no coração humano, – continou – a sede pelo infinito nunca é saciada, mesmo dentro de vocês, crescidos com a tecnologia da informação, surgem as grandes questões de todos os tempos: de onde viemos? O que está na origem de tudo? Qual é o significado da minha existência? Por que há tanto sofrimento? Deus ama muito as perguntas; de certa forma, Ele as ama mais do que as respostas”, porém, disse completando “antes de dar respostas, Jesus ensina uma pergunta essencial”:
Em seguida o Papa falou sobre sua experiência no Canadá:
“Na semana passada estive no Canadá e conheci os povos indígenas, cujos antepassados habitavam essas terras antes da colonização. Eles são guardiões de valores e tradições ancestrais, mas vivem em um país muito moderno e muito secularizado. Agora, olhando para vocês, eu estava pensando na juventude desses povos indígenas. Tão diferente de vocês, mas tão semelhante, eu diria mais: tão igual”. E explicou: “Igual no sentido da humanidade, do que qualifica nosso ser humano, ou seja, nosso relacionamento com Deus, com os outros, com a criação e com nós mesmos em liberdade, em gratuidade, no dom de si”.
Ao falar sobre o nome do acampamento “Alpha”, explicou que é como o método de evangelização pelo qual é inspirado. “Alpha é sinônimo de nascimento, – disse – com o início, com a aurora da vida… Cristo é ‘alfa’, isto é, o início, e ele também é ‘ômega’, isto é, o fim, o cumprimento, a plenitude. Assim, com Cristo, este microcosmo que é o ser humano pode ser resgatado do abismo da morte e do negativo e pode entrar na atração de Deus, da vida, do amor”.
Recomendando sobre este ponto: “Devemos segui-lo! Digam não ao egoísmo, ao egocentrismo, a aparecer mais do que somos. Não. Ser eu mesmo, não se ensoberbecer, nem mesmo se abaixar, reconhecer-se pelo que se é, isto é verdadeira humildade”.
Por fim o Papa cita o Beato Carlo Acutis, ao recordar que o jovem dizia: “Deus não quer fotocópias, apenas originais. Um jovem (…) deste tempo, um entusiasta do computador, sobretudo apaixonado por Jesus, pela Eucaristia, que que chamava “autoestrada para o céu”. “A vida terrena de Carlo foi breve, muito breve, mas foi plena. Foi como uma corrida, uma corrida para o céu. Ele tomou o caminho desde o dia de sua Primeira Comunhão, quando encontrou Jesus em seu Corpo e Sangue. Sim, porque Jesus não é uma ideia, ou uma regra moral, não, Jesus é uma pessoa, um amigo, um companheiro de viagem.
O Papa concluiu, “queridos jovens deixo vocês com esta esperança: que Jesus se torne seu grande Amigo, Companheiro de Estrada de todos vocês”
Fonte: Vatican News